Pixels Camp v3.0 – #1: Ready, set, go!
Aconteceu novamente a peregrinação anual(-ish) de geeks a Lisboa. Como é habitual, foi “o melhor Pixels Camp de sempre”. Como é habitual, há ainda tanta margem para crescer e melhorar.
Publicado Wednesday, April 17, 2019 at 5:00 PM
Preparação
Quando chegámos a meio de 2018, as hostes começaram a ficar nervosas com a falta de notícias. Afinal, o último Pixels Camp tinha sido em Outubro de 2017, e ainda não se notavam as habituais movimentações.
Em Junho, Celso Martinho traz-nos novidades: a data seria empurrada para Abril ou Março de 2019, com intenções de aí continuar.
Eu empurrei com a (minha muy proeminente) barriga a preparação de uma ou outra talk. Entretanto, com um mês de antecedência, começa a qualificação para o Amazing Quizshow, e entre isso e o meu trabalho diurno, acabei mesmo por não ter tempo para mais nada.
A qualificação foi desafiante/frustrante/hilariante como sempre, e o Quizmaster Carlos Rodrigues prova este ano que não teve apenas sorte de principiante no ano passado - o novo Quizmaster é mesmo, e pelo menos, tão bom como o velho Carlos Morgado.
O Carlos fez um apanhado da qualificação, e o Fernando Mendes detalhou com muito humor a solução da caça ao tesouro do terceiro qualificador.
Viagem
Há duas coisas que me são lembradas de cada vez que tenho de ir a Lisboa, sobretudo de transportes públicos:
- Adoro viajar de comboio – pelo menos, adoro viajar com o pandeiro devidamente acomodado no Alfa;
- Ia detestar viver e trabalhar em Lisboa.
Viajar no Alfa – em vez de ir de carro, por exemplo – tem uma enorme vantagem: permite ir a trabalhar no caminho. Sobretudo se se conseguir marcar lugar nas mesas e junto a uma ficha eléctrica (para quem tem portáteis gulosos, como o meu). O wireless da CP é que, pronto, coise. É uma miséria, não há outra maneira de o dizer. Mas nada que um router 4G e alguma paciência não resolvam.
Claro que, em chegando ao Oriente, dá-me logo vontade de voltar ao aconchego do Alfa.
Eu consigo ir a Lisboa tão poucas vezes, e acontecer-me sempre alguma. Desta vez, a linha vermelha do Metro interrompida. Imensa gente a acotovelar-se nas catacumbas do Oriente.
Volto para cima, decidido a chamar um Uber, mas a distância até ao Pavilhão Carlos Lopes e o pico de procura tinham atirado os preços para níveis absurdos.
Volto para baixo e aguardo pacientemente. As cancelas abrem, e aquilo parece tudo menos uma sociedade evoluída. Em chegando lá abaixo, tenho que deixar passar umas três ou quatro composições, simplesmente porque a cena das cotoveladas e dos empurrões não é a minha praia.
Uma mudança de linha de metro e uma subida de 20 metros colocam-me, finalmente, estafado e a bufar, à porta do Carlos Lopes, onde o Carlos Martins and company já me esperavam com uma mesa para poisar o portátil e uma cadeira para poisar o coiro.